domingo, 11 de dezembro de 2011

Renascimento Francês

O Renascimento da França na F1.


O Trabalho de base começa a dar resultados.

A última vitória francesa na Fórmula 1 foi em Mônaco, 1996 com Olivier Panis. A última corrida em solo francês foi em 2008 em Magny-Cours. Como o Brasil, a França foi diminuindo seu brilho na categoria desde a aposentadoria de seu maior piloto - Alain Prost em 1993. Diferentemente do Brasil que ainda teve pilotos de destaque, conseguiu vitórias, poles e disputas por títulos mundiais, a França praticamente desapareceu dos holofotes da Fórmula 1.

Após a compra da equipe Ligier por Alain Prost, a idéia do "professor" era criar uma equipe totalmente francesa. Após uma boa temporada de estréia com os motores japoneses Mugen e um ótimo desempenho do compatriota Olivier Panis, a equipe decidiu colocar em prática seus planos e trocaram o confiável motor japonês pelo frágil motor Peugeot. Foi o ínicio do fim. O motor não ajudou, o carro era péssimo, Panis nunca mais foi o mesmo depois que quebrou as pernas e quando os resultados não apareceram, as empresas francesas que patrocinavam a equipe de Prost o deixaram na mão. Como resultado, Prost se viu cheio de dívidas e desprezado pelos compatriotas abandonou a F1 com mágoa: "A França não gosta de Fórmula 1" disse.

 Alain Prost, o melhor piloto francês.

Ligier, Renault, Elf e Gitanes - identidade francesa.

Olivier Panis, Mônaco 1996 - última vitória francesa na F1.

Depois da falência da Prost GP, Jean Alesi e Olivier Panis, dois dos últimos bons pilotos que a França teve na F1 continuaram suas carreiras até aposentarem. Após a saída dos dois, vieram Franck Montagny e Sebastian Bourdais, porém se destaque. Romain Grosjean teve uma oportunidade em 2009 e decepcionou. Assim sendo, a França acabou ficando sem representante e sem corrida. 

Com bastante trabalho de bastidores, com apoio da petrolífera Total e da montadora Renault, a França vai aos poucos reaparecendo para a Fórmula 1.
Os primeiros resultados deste trabalho de base foram as confirmações de dois pilotos franceses para a temporada 2012 de F1. Romain Grosjean, que decepcionou em 2009, terá sua segunda chance na categoria depois de ter reconquistado a moral após a conquista da GP2. A outra confirmação foi uma surpresa, a Marussia confirmou Charles Pic, que pilotou na GP2, será titular em substituição ao belga Jerôme D'Ambrosio.

 Romain Grosjean, 25 anos.

Charles Pic, 21 anos.

Mas não paramos neles, Jean Eric Vergne surpreendeu a todos nos testes de jovens pilotos em Abu Dhabi a bordo do Red Bull Renault. Sempre com os melhores tempos, tem se destacado dentro do programa de jovens pilotos da equipe austríaca e já se candidata a uma vaga na equipe principal para 2013 no lugar do veterano Mark Webber. Jules Bianchi é mais um piloto francês na mira do sucesso, atualmente terceiro piloto da Ferrari, oriundo do programa de jovens pilotos da equipe italiana, é visto com bons olhos pela cupula ferrarista.

Já a corrida em solo francês está em plena negociação. O circuito de Paul Ricard aonde já foi palco de 14 corridas na F1, pode voltar ao calendário e aos poucos a França vem renascendo para a categoria.
Remetendo a frase de Alain Prost em sua partida, a França está começando a gostar de Fórmula 1. O país do octacampeão mundial de rali Sebastién Loëb, país dos motores campeão mundial Renault, país do fabricante campeão mundial de rali Citroën, país de Le Mans e de pilotos como Alain Prost, François Cévert, Maurice Trintignant, René Arnoux, Patrick Tambay e Didier Pironi realmente não pode deixar a Fórmula 1 de lado.

Maurice Trintignat, GP da Argentina, 1955

François Cevert, Tyrrell Ford.

Patrick Tambay, Ferrari.

 Didier Pironi, na Ferrari.

 Jean Alesi, na sua única vitória na F1, Canadá 1995.

Breve história do melhor piloto francês, Alain Prost.


 

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