domingo, 25 de abril de 2010

PaddockGP no Kart Masters - Etapa 3

A equipe PaddockGP chegou a Interlagos para a terceira etapa do Campeonato Kart Masters de Kart Amador 2010!

A expectativa era grande devido a resultados insatisfatórios para ambos os pilotos nas duas etapas anteriores. Com certa dose de azar, nossos pilotos não conseguiram as performances desejadas e também demonstradas nos treinos de pré-temporada no inicio do ano quando treinaram tudo o que puderam para fazer bonito na primeira temporada da equipe.

Mais uma vez, Fernando Cataldo e Cláudio Souza caíram na mesma bateria e, assim como nas etapas anteriores, os companheiros correriam juntos com o objetivo de fazer o máximo de pontos possíveis para a equipe melhorar na tabela de equipes.

A etapa tinha um regulamento diferente das demais com a largada com grid invertido de acordo com a tabela do campeonato. Teríamos o “treino classificatório” normalmente, porém os tempos serviam apenas para mostrar qual a sua velocidade e não sua posição de largada.

Hermano, o nosso Claudio, não teve tanta sorte como em outras etapas. Foi sorteado com um kart mediano, o #27. Um kart bom de motor, mas com problemas de regulagem devido à dificuldade nas curvas.

“No briefing, eu peguei o kart # 27. Era aparentemente um kart bom, com bom motor e já sentando, percebi que estava certo, só que ele tinha um probleminha: talvez por causa do pneu ou do chassi, o kart estava saindo excessivamente de frente pois estava com dificuldades para fazer curva para direita. O motor estava muito bom.”

Com todas essas informações e sensações em relação ao kart, Claudio continuou seu treino e, após continuas dificuldades com seu equipamento, preferiu abortar uma volta e voltar aos Box para trocar de kart.

“No ‘warm-up’, aqueci os pneus, senti os freios e notei a potência do motor, mas essa saída de frente me fez ir aos boxes trocar de kart, e cometi meu erro crasso, ao pegar o kart #5, esse estava de mal a pior. Não tinha motor, pneus literalmente cheios. Completamente ruim."

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Após sua largada com o kart #5, Cláudio passou por outras dificuldades na corrida. Com a falta de rendimento do seu Kart, Claudio teve que andar no limite na maior parte do tempo para conseguir ser sempre o mais rápido possível, o que acabou causando um acidente que, para quem viu, foi um pouco assustador pela força da pancada.

“Tivemos duas largadas, na primeira, após uma confusão com a luzes, consegui costurar todos no grid e consegui a 1a posição mas a largada foi cancelada. Na segunda largada percebi mais ainda que o kart # 5 era ruim mesmo. Não consegui acompanhar o ritmo dos demais e acabei caindo para último. E no auge da minha ira, na entrada da reta dos boxes, o kart saiu demais de traseira, consegui corrigi-lo só que ao deixá-lo em linha reta, dei uma leva pisada no freio para arruma-lo e o kart literalmente saiu para a esquerda e fui direto para o muro, graças que tinha cascalhos o que fez o kart pular e parar, porque senão eu teria me esborrachado no muro e as conseqüências poderiam ser piores.”

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Depois das frustrações, Claudio terminou sua corrida com a intenção de tirar o melhor proveito do novo equipamento que tinha e fazer as voltas mais rápidas possíveis e conseguiu terminar com a 11ª melhor volta da corrida com 55s620.

“Sai extremamente fulo do kart #5 e sai andando, já totalmente desiludido com a corrida, fui aos boxes apenas para pegar um kart descente e terminar a prova e dar jus ao valor pago pela etapa. Peguei o kart # 37 se não me falhe a memória, no começo fui conhecendo o mesmo e aos poucos fomos nos entendendo. Consegui recuperar a volta de dois oponentes, mas mesmo assim, minha saga foi para esquecer. Terminei em último e para variar, tomei mais uma bandeira de ADV. "

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Cataldo teve sorte um pouco melhor em sua corrida. Foi sorteado com um kart que já conhecia antes, o #12. Este kart já trouxe boas alegrias para Cataldo em um evento entre clubes de kart amador realizado em Janeiro deste ano e, na ocasião, Cataldo chegou na sexta posição ajudando sua equipe/clube a ser o segundo colocado na classificação final.

Entretanto, não só de alegrias foi feita a corrida de Cataldo. Ao sair do Box, notou que seu motor tinha algum problema, pois estava falhando e claramente sem potencia, após a primeira volta voltou imediatamente para o Box para tentar arrumar.

“ Quando sai dos boxes, vi que o motor do kart tinha algum problema pois por mais que pisasse no acelerador, o motor não enchia e me deixava a 20km/h no meio da maior reta da pista. Fui imediatamente para o Box desolado com a possível necessidade de trocar de kart. Insisti ao mecânico que desse uma olhada no motor e, felizmente, ele conseguiu resolver o problema na hora e voltei pra pista com o kart #12.”

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De volta a pista, Cataldo fez o terceiro melhor tempo do Warm-up e largaria na sexta posição devido ao regulamento da etapa.

Já na largada, Cataldo pulou para a quinta posição e partiu pra cima dos adversários que estavam a sua frente e travou uma linda batalha pela quarta posição com outro piloto e, em uma manobra excelente, conseguiu a posição.

“Eu sabia que tinha um kart mais regulado que o piloto que estava a minha frente e sabia também que eu tinha que estar bem próximo a ele na saída de curva antes da reta principal para tentar alguma coisa. Quando consegui isso, peguei o vácuo no meio da reta e na freada da curva seguinte, já estava tomando a linha de dentro para ganhar a posição. Foi muito emocionante.”

A partir daí, Cataldo foi literalmente caçado pelos pilotos que estavam nas posições atrás e defendeu sua posição durante toda a corrida contra pelo menos 4 pilotos diferentes.

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Por mais de 15 voltas, Cataldo conseguiu sustentar sua 4ª posição e caminhava bravamente para um pódio sólido e muito merecedor. Mas na penúltima volta, após um choque acidental com o piloto que vinha disputando posição, Cataldo foi tocado e perdeu assim o quarto posto conseguindo manter a quinta colocação e o seu primeiro pódio na temporada 2010 da Kart Masters.

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Este seria o segundo pódio da equipe PaddockGP que vem fazendo um belo trabalho na pista de Interlagos nesta temporada.

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A próxima corrida é no dia 15 de maio no mesmo Kartódromo de Interlagos. Quem quiser presenciar, será muito benvindo.

Tratemos novidades na transmissão desta etapa aqui no blog.

Obrigado pela atenção.

Crédito das Imagens: Site Oficial Kart Masters

 

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Amigo de Paddock! – Ricardo Menegueli

“Hello Hello, amigos leitores do Paddock Info.

Pra iniciar este post, meu nome é Ricardo Menegueli, companheiro de pistas do Cataldo e do Hermano.

Como todo apaixonado por velocidade de um modo geral, meus palpites são contrastantes, e geralmente com o Cataldo, geram uma polemica de leve. hehehe…

Quando eu falo de F1, me lembro do nosso ícone, Ayrton Senna, e também sou daqueles que acha que o nosso herói infelizmente foi cedo demais e teria nos dado muito mais alegrias se vivesse para terminar sua carreira.

 

A F1 dos últimos 2 anos tem me surpreendido corrida após corrida. Confesso que sou daqueles que numa corrida chata dou aquela cochilada e acordo somente no pódio, e isso raramente tem acontecido. Excelentes pilotos estão nas equipes de ponta e medianas, Gerando um verdadeiro rodízio de heróis e vilões dos nossos tão felizes finais de semana de GP.

O que dizer do Kubica com a (ainda) modesta Renault brigando mais do que pelo posto de quinta equipe?

Ou do Vettel com seu jeito moleque de desfilar pelo paddock com o sorriso de um recém-adulto que esta conquistando o mundo com um jeito nada alemão fora das pistas, mas nos dando o privilegio de ver um piloto extremamente maduro e agressivo desde seus primeiros GP`s na F1?

 

Falando em alemão, meu principal pitaco (sempre passionista) no post que eu considero um “enorme presente de aniversário”, vai para M. Schumacher. Tudo bem, todos esperávamos muito do nobre ser, dono de todos os recordes que condizem com talento na F1, mas eu considerei a volta dele um enorme engano de marketing pessoal. O homem tem 41 anos, contra uma juventude que copiou e aprimorou seus movimentos em pista, provando que a evolução do piloto, ou do atleta em geral, está cada vez mais relacionado a seus ídolos, e um ídolo sempre vai virar sua meta.

Não o considero um “loser” no meio da garotada, mas sim que ele esta vendo de dentro da pista o legado que ele deixou, implantado inicialmente pelo Senna. O perfeccionismo, o absolutismo, a vontade de ganhar milésimo a milésimo um campeonato, desde dentro das pistas ate no ajuste do carro.

Honestamente, tenho por mim que ficaria mais bonito pra ele aproveitar isto para repassar aos novatos, como criar um programa de jovens pilotos para repassar este legado diretamente, ou procurar uma categoria onde veteranos se digladiam nas pistas, como forma de gastar sua competitividade, sem gastar sua imagem perante o publico. Hoje, as pessoas que gostam de automobilismo começam a questionar se seus títulos não foram culpa dos carros espetaculares, juntamente da manipulação da escolha de pilotos que, estariam dispostos a não oferecer perigo direto para si.

 

Não acredito em nenhuma destas (apesar do episodio do “Let Michael pass for championship” em 2002), mas creio severamente que ele optou erroneamente em seu retorno, tudo porque o “barão vermelho”,cometeu um erro parecido com o que ocasionou a morte, no mesmo dia 21 de abril o qual nasci, do lendário aviador que herda originalmente o apelido; um, morreu travando batalha, pois não saberia fazer outra coisa se não voar e batalhar - o outro esta sucumbindo perante os pilotos (e candidatos a gênio) mais novos, pois não se acertou fazendo outra coisa, que não fosse correr.

Um enorme abraço aos leitores, e espero de coração que gostem, da mesma forma que adorei escrever para vocês!

Ricardo Menegueli (@rmenegueli)

Imagens:

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Kubica no pódio do GP da Austrália, provando que piloto ainda faz a diferença na F1.

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O sorridente alemão cativa no paddock com seu carisma, e mostra as garras a bordo de seu monoposto.

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Comemorando uma de suas 91 vitorias. Feito incontestável, ou conseqüência do conjunto carro/fiel escudeiro?

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Vida dura e um sonoro 4 a 0 para Nico Rosberg, seu companheiro de equipe.

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Manfred A. F. von Richthofen (2 de maio de 1892  — 21 de abril de 1918) 80 batalhas aéreas ganhas, e sua aeronave mais famosa, a Fokker Dr. I.

 

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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Especial Nelson Piquet



Programa especial do tricampeonato mundial.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte Final

Nelson Piquet Souto Maior
208 GP's
23 vitórias
24 poles
23 melhores voltas
3 títulos mundiais

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Briga de Titãs



O que todo devoto da F1 deseja ver: grandes talentos rivais apertando um ao outro em direção a cada vez mais disputas. Ás vezes com respeito, ás vezes não...

Pareciam amigos, mas eles não foram...

Os melhores "cabeça a cabeça" da Fórmula 1 foram disputados em carros similares ou da mesma equipe. Os chefes ficavam no muro dos boxes com as palmas das mãos suadas, tentando parecer calmos. Seus pilotos, podem ter certeza, estavam cuidadosamente se excedendo além dos limites...

Jackie Stewart vs. Jochen Rindt

Stewart disputando contra um jovem Rindt em 1969.

O Grande Prêmio da Inglaterra estranhamente, aparece em outras batalhas titânicas. Em 1969, Jackie Stewart e Jochen Rindt disputavam tão agressivamente e próximos o quanto podem dois grandes pilotos. Stewart estava a caminho de vencer seu primeiro grande título mundial com o Tyrrell Matra; Rindt era a jovem estrela que finalmente tinha achado um carro competitivo (o Gold Leaf Team Lotus). Eles eram amigos, ambos usavam motores Ford Cosworth DFV e Silverstone, naqueles dias, era uma pista rápida brilhante, um circuito para pilotos de corrida, livre de chicanes. E, uma vez que os carros ainda corriam com pneus com ranhuras, derrapadas de quatro rodas ainda faziam parte do grande espetáculo.
Rindt marcou a pole - 0s4 á frente de Stewart, que passou em cima de um pedaço de concreto e arrebentou o seu carro de corrida. Assim, Stewart largou com o Matra MS80 de seu companheiro de equipe Jean Pierre Beltoise. O seu motor tinha 600 rotações a menos. A corrida, no entanto, foi de tirar o fôlego. Stewart seguiu Rindt como uma sombra desde a largada e o passou depois de sete voltas. Rindt retornou a liderança após 16 passagens e depois abriu uma diferença de 3s quando a dupla pegou tráfego. Com a pista livre, Stewart acabou com a diferença, marcando a volta mais rápida. Depois, Rindt parou para consertar um suporte de aerofólio traseiro. A corrida e o campeonato se viraram para o lado de Stewart. Rindt ganhou seu primeiro GP três meses mais tarde, em Watkins Glen. Em 1970, ele ganhou postumamente o campeonato mundial.

Disputa no GP de Monza 1969

Didier Pironi vs. Gilles Villeneuve

Gilles possesso e Didier constrangido, o pódio que marcou a vida dos dois. Ímola 1982

Gilles Villeneuve não era apenas um grande piloto de corridas, mas um amigo honesto e confiável. Ele esperava que os outros se comportassem da mesma maneira; nunca fez parte do grupo da moda formado por Hunt, Lauda e Alan Jones.
Quando deixou de receber o convite para o casamento em 1982 de seu colega de equipe Ferrari, Didier Pironi, ele creditou o fato a Didier ter se esquecido ou à noiva ter convidado somente a familia. E quando ele e Pironi concordaram que, na eventualidade de estarem dominando uma prova, terminariam na ordem em que estivessem correndo nas voltas iniciais, Gilles acreditou que tivesse sido um trato. Errado também. Em Ímola 1982, Villeneuve estava liderando quando o chefe de equipe - Marco Piccinini, ordenou a ambos os pilotos que diminuissem e mantivessem as posições. Preservando seu motor, ciente que a vitória seria sua, Villeneuve tirou o pé na reta. Pironi passou-o, de pé em baixo. Gilles repassou, levando seu carro ao limite. Uma vez mais, na reta, tirou o pé. Outra vez, de pé em baixo, Pironi o passou.
Você sabe o resto. Didier Pironi ganhou a prova, roubando a vitória de seu companheiro de equipe que confiara nele. Duas semanas depois, desesperado para bater Pironi e usando seu último jogo de pneus de classificação, Gilles morreu enquanto tentava passar por um piloto em volta de desaceleração. Pironi, com o campeonato de 82 quase na mão, foi gravemente ferido três meses depois ao bater na traseira de um carro mais lento no traçado molhado de Hockenheim. Morreu em um acidente com um barco de corrida em 1987.

Melhores (ou piores) momentos da batalha de Ímola-1982

Nigel Mansell vs. Nelson Piquet

Essa era a imagem da Williams, Mansell concentrado e Piquet descontraído, porém a amizade...

Com a contratação de Nelson Piquet por Frank Williams para liderar a equipe para 1986 e 1987 e a manutenção do inglês Nigel Mansell na equipe totalmente inglesa Williams, estava feito o prato predileto para quem gosta de disputas e confusões. 
Dois GP's da Inglaterra - Brands Hatch, 1986 e Silverstone, 1987 - foram perfeitos para traduzir a batalha interna entre Mansell e Piquet. E nas duas, Mansell saiu de trás para bater seu companheiro.
Isto foi uma crua e perigosa corrida a motor, com Mansell não deixando margem e Piquet respondendo de todas as maneiras que sabia. O que Piquet realmente queria, no entanto, era que a Williams mostrasse uma placa "Piquet-Mansell" - algo a que julgava ter direito graças a seu contrato. A placa jamais foi mostrada: Frank e Patrick adoravam a liberdade de corrida no time.
É duvidoso, e o que é mais importante, é que Mansell teria dado mais atenção a uma instrução de P2 do qualquer outro que tivesse competindo pela equipe.

Batalha em Silverstone - 1987

Ayrton Senna vs. Alain Prost

Para muitos, a maior rivalidade da história da Fórmula 1.

Esta foi uma disputa mais cerebral do que física. Os pilotos da McLaren-Honda, Ayrton Senna e Alain Prost, lutavam pelos pontos no campeonato e frequentemente induziam ao melhor um ao outro, mas raras eram as ocasiões em que realmente disputavam na pista - não como Stewart, Rindt, Mansell e Piquet trocavam esbarrões. Houve os famosos finais de campeonato, nos quais, Senna e Prost protagonizaram cenas perigosas e lamentáveis. Na maioria das vezes, Alain Prost era muito conservador para enfrentar Ayrton Senna. O momento definitivo foi provavelmente em 1988, quando Ayrton Senna perdeu uma liderança enorme e uma vitória fácil no GP de Mônaco, ao errar uma tangência e bater na barreira. Algumas voltas antes ele tinha sido avisado que Prost, então 49s atrás, havia feito uma volta em 1'26''714'''. Com o orgulho ferido, Senna respondeu com um 1'26''321'''. Ele então relaxou, perdeu a concentração e... bateu no guard-rail.

Senna vs. Prost em Suzuka 1989

Melhores Momentos do GP Africa do Sul em 1993, batalha Prost x Senna.

Ayrton Senna vs. Michael Schumacher

Batalha do Século ?

Este duelo teria sido bom. Ayrton com sua capacidade de atingir a estratosfera, ainda intacta; Michael descobrindo que podia voar alto também. Ambos tinham muito a provar em 1994.
Senna queria o campeonato mais do que nunca (para mostrar ao mundo que podia ganhar um título sem a mão paternal de Ron Dennis); Michael sabia que seu Benetton B194 poderia bater o arisco Williams FW16. Com determinação, ele estava pronto: "Senna? hã? Quem é ele?"
Três corridas juntos no topo do grid foi tudo o que tiveram. Elas trouxeram três poles de Senna e três vitórias de Michael. E enão, o acidente de Senna.
As estatísticas se tornaram irrelevantes depois de 1º de Maio. Ayrton se fora, Michael ganhou seu primeiro campeonato.
O que vimos? Michael foi o piloto dominante do ano, mas Damon Hill, companheiro de equipe de Ayrton, levou a luta até a Austrália, depois que a Benetton bateu nos livros das regras no meio do campeonato. É justo assumir que teria havido mais pressão de Ayrton Senna...
Como teria Michael Schumacher se comportado? Desconhece-se.
Mas também se Senna estivesse "apertando" a Benetton, teriam eles desenvolvido seu carro mais cedo? Desconhece-se. 
As perguntas tornaram-se irrelevantes e o duelo faz parte dos sonhos.

 
Senna vs. Prost vs. Schumacher em 1993

por Anthony Rowlinson
Revista Racing 
Ano 8 - nº 126 


domingo, 4 de abril de 2010

GP da Malásia e emoção que não percebemos!

O GP da Malásia tinha grandes expectativas de ser tão bom quanto o ultimo GP da Austrália.

A chuva foi a maior ausência que sentimos neste domingo. Sua presença era certeza de uma corrida empolgante, com várias oportunidades boas para pularmos da cadeira vibrando com as manobras, como fizemos na semana passada. Ao contrário de tudo o que sabíamos e esperávamos, a chuva não veio e a corrida foi debaixo de sol do inicio ao fim.

Mas tínhamos um plano B, afinal, depois de um treino classificatório único, alguns dos melhores pilotos largariam no final do grid e todos partiriam pra cima em busca de posições importantes! Massa brigaria com Hamilton, Alonso com Button, todos brigariam contra todos.

Quase!

Na largada tivemos um dos únicos momentos de emoção coletiva com muitas trocas de posições e freadas com direito a queima de pneus. Vettel, que largou em terceiro, fez uma saída fantástica e assumiu a ponta que era de seu companheiro Webber.
Não sei se todos que assistiram o inicio da prova conseguiram perceber esses acontecimentos devido a narração ridícula do cara mais incompetente que já vi ter o titulo de jornalista profissional.
Enquanto todos os pilotos de ponta que largaram do fundo do grid ultrapassavam todos os pilotos das equipes estreantes, aquele cidadão responsável por nos trazer informações durante as corridas parecia estar desavisado do que acontecia, parecia que não tinha nenhuma TV em sua frente com as imagens que nós tínhamos em casa.
Além da torcida clara por um dos pilotos brasileiros, este rapaz (que me recuso a dar espaço a ele no meu blog citando seu nome) consegue criticar todos os que tem postura de piloto de verdade. Todos são irresponsáveis por buscar posição, por honrarem os milhões que recebem. Crucificou Hamilton por sair a caça de seus pontos insinuando inclusive que seu carro por ser ilegal dentro do regulamento. Tudo isso, porque deixou Felipe Massa para trás. Não tenho nada contra o brasileiro, apenas contra este merda que é o responsável por narrar o que mais gostamos de ver, infelizmente.

Hamilton, o mais denegrido pelo narrador, largou bem e não tomou conhecimento de mais ninguém. Deixou todos pra trás e ignorou a perseguição por poucos minutos que Massa esboçou fazer no inicio da prova.
Atacou a todos sem dó e, quando precisou se defender, lembrou dos vídeos em que assistia as disputas de Senna X Mansell e ignorou a tão chata regra de assumir apenas uma linha de defesa. Fez zigue-zague na reta de chegada contra Petrov e, quando foi avisado pela equipe que tomou uma advertência, pensou “valeu a pena, estou na frente!”. Pensamento que mais pilotos deveriam ter ao assumir riscos ao realizarem pilotagem de verdade.
Lewis Hamilton (GBR) McLaren MP4/25 
Formula One World Championship, Rd 3, Malaysian Grand Prix, Race, Sepang, Malaysia, Sunday 4 April 2010.Após uma corrida limitada devido aos problemas no cambio, Fernando Alonso abandonou a corrida nas ultimas voltas enquanto buscava incansavelmente Jenson Button para ganhar sua posição e não perder a liderança do campeonato. O esforço foi tanto que teve seu motor estourado na curva 1 logo após conquistar a posição do britânico em uma manobra que me surpreendeu pela agressividade, coisa que o espanhol vem mostrando em todas as etapas até aqui. Nenhum dos seus resultados caiu no colo, a vitória no Bahrein, o quarto lugar na Austrália e o que viria a ser o oitavo lugar na Malásia, foram frutos de corridas difíceis com luta por cada posição que construiu o resultado final do espanhol.
Junto com Lewis Hamilton, acho que Fernando Alonso merece muito ser campeão de 2010. Se o titulo ficar com um desses dois fantásticos pilotos, estarei feliz ao término da temporada.
Ferrari F10 of race retiree Fernando Alonso (ESP) Ferrari.
Formula One World Championship, Rd 3, Malaysian Grand Prix, Race, Sepang, Malaysia, Sunday 4 April 2010.Na foto acima, o motor estourado de Fernando Alonso.

E tudo isso ajudou Felipe Massa a ser o novo líder do campeonato. Sendo assim, temos um líder que participou de trenzinhos em todas as três etapas do campeonato, não lutou por posições de forma ofensiva como Hamilton, Alonso, Button etc. Um líder sem graça, mas inteligente o bastante para preservar pontos que podem ser importantes na reta final da temporada que vem se mostrando mais competitiva do que nunca. Basta olharmos os sete melhores colocados na tabela, separados por apenas 9 pontos.
Fernando Alonso (ESP) Ferrari F10 leads Jenson Button (GBR) McLaren MP4/25.
Formula One World Championship, Rd 3, Malaysian Grand Prix, Race, Sepang, Malaysia, Sunday 4 April 2010.

Ah, claro!

Lá na frente, em uma corrida a parte com seu companheiro Webber, Vettel venceu praticamente de ponta a ponta sem maiores dificuldades.
Isso mostra a força do RBR6, carro da Red Bull até aqui. E mostra também, o quanto os problemas que a equipe teve nas duas primeiras etapas, beneficiou a competitividade do campeonato, caso contrário, Vettel já seria o líder isolado com 3 vitórias.
Race winner Sebastian Vettel (GER) Red Bull Racing RB6 celebrates in parc ferme.
Formula One World Championship, Rd 3, Malaysian Grand Prix, Race, Sepang, Malaysia, Sunday 4 April 2010.

Obrigado a todos e nos vemos novamente em duas semanas, com o GP da China.

Até a próxima.

Créditos das imagens: GP Update

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