domingo, 26 de dezembro de 2010

Kart Masters 2010 Champion

O Mais Rápido de Todos
Talento puro do kartismo santista, Raphael Mesquita torna-se bicampeão do Kart Masters, um dos mais dificeis campeonatos de kart amador do estado de São Paulo.

Raphael Mesquita Siqueira, 28 anos. Bicampeão Kart Masters 2009/2010.

O campeonato estava perto do fim, e as chances do "índio" eram mínimas. Precisava vencer, conseguir o máximo de pontos possíveis e torcer para os seus oponentes diretos - Rafael Mantovani e Almir Pastore perderem pontos preciosos.
A Sorte acompanha os campeões, mas além da sorte, muita competência diga-se de passagem fez Raphael Mesquita, 28 anos, o novo bicampeão do certame Kart Masters.

Ano passado, com o nascimento deste sensacional campeonato amador, Raphael conseguiu seu primeiro título correndo no kartódromo Internacional da Granja Viana.
Esse ano, a luta foi mais árdua no kartódromo de Interlagos. Com rivais bem mais preparados, com a concorrência mais sedenta por vitórias, Rapha precisou usar todo seu talento e velocidade para virar o jogo.

Raphael começou o campeonato conseguindo um suado quarto lugar. Recuperou-se na segunda etapa conseguindo mais uma vitória, na terceira etapa outro quarto lugar e na quinta etapa um terceiro lugar. A sexta e sétima etapas foram incomuns para Raphael. Acostumado a andar na frente e a lutar por vitórias, o "índio" como é chamado pelos amigos mais íntimos acumulou um décimo segundo lugar, um nono lugar e um quarto lugar. Seria o fim do bicampeonato?

Nada disso, após esses resultados irregulares, Raphael concentrou-se e preparou-se para a batalha final. Como ele mesmo disse: "Eu sabia que a primeira corrida da rodada dupla seria primordial, se eu conseguisse vencer, sabia que a partir dali era manter nível". Dito e feito. Raphael ganhou a etapa nove e conseguiu um terceiro lugar na etapa dez e contou com a má sorte de seus oponentes.

  Raphael Mesquita conseguiu 4 vitórias em 11 etapas disputadas.

E para terminar com chave de ouro, conseguiu mais uma vitória no final, a vitória do bicampeonato que consagra esse talento. "Enquanto alguns falam e pouco mostram, eu prefiro ficar quieto e mostrar o que eu sei." - Raphael Mesquita. Com um show de humildade, velocidade, preparação, concentração e determinação, Raphael Mesquita Siqueira pode ser chamado tranquilamente de "o melhor de todos". Alguém duvida?

fotos: www.kartmasters.com.br
Agradecimentos ao Bruno Braz, organizador do Kart Masters, campeonato de kart amador disputado no kartódromo de Interlagos em São Paulo. 

Homenagem ao Bicampeão Kart Masters 2009/2010 by Bonnie Tayler - I need a Hero

Raphael Mesquita em números:
Bicampeão Kart Masters 2009/2010;
Campeão do Endurance Best Driver 2009;
Campeão do K-Racers 2009.


Com a imagem de Ayrton Senna ganhando o GP Brasil de 1991, nós encerramos o ano de 2010
com muita felicidade e agradecimentos a todos os leitores do blog.
Feliz ano novo a todos, que 2011 seja repleta de alegrias e realizações!


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Resposta da Petrobrás S/A

A Posição da Petrobrás

 

Após ter conhecimento da nossa matéria no blog, a gigante petrolífera esclareceu sua posição a respeito.

"Em resposta à sua manifestação, recebida pelo Serviço de Atendimento ao Cliente, informamos que a posição da Empresa é a que é divuldaga, ou seja, de que o objetivo da Petrobrás é desenvolver combustíveis e lubrificantes que possam a vir beneficiar o consumidor brasileiro em geral.

Nos seus 10 anos de parceria com a equipe Williams, a empresa procurou contribuir com a possibilidade de testes para vários pilotos brasileiros, mas a análise técnica cabe à equipe e não à Petrobrás.
Todos sabem que as grandes equipes - hoje Ferrari, McLaren, Red Bull e Mercedes - não colocam suas vagas de pilotos em função de patrocínio pessoal e não é interesse da Petrobrás se associar a uma equipe que não seja de grande porte. Todos sabem, inclusive, que a Williams passa por um momento orçamentário dificil.

Além disso, em sendo a Petrobrás uma empresa estatal, escolher um unico piloto, num país de tradição no automobilismo, para investir um alto valor, não é estratégia correta de quem procura a maior transparência possível, não esquecendo que, no passado, quando a Empresa iniciou suas ações no esporte a motor e, justamente, através de patrocínio de pilotos, aprendemos que quando eles assinam seus contratos com as equipes que, normalmente, já tem a parceria de uma grande petroleira, como em 1998, quando o então piloto da Petrobrás, Ricardo Zonta, campeão da F3000, assinou com a McLaren.

Ricardo Zonta na F3000 com o patrocínio da Petrobrás.

Podemos citar também, o caso oposto: a Shell, uma empresa anglo-holandesa, tem algum piloto destas nacionalidades na Ferrari? a TOTAL patrocina algum piloto francês na Renault ou na Red Bull? a Petronas, que investe milhões na Mercedes, tem algum piloto malaio na Mercedes? a RBS, principal patrocinadora da Williams neste ano, tinha um piloto inglês?

Dessa forma, entendemos que a estratégia atual é a mais correta e que, mesmo com um objetivo tecnológico, que é o negócio da Petrobrás, demos várias oportunidades a pilotos brasileiros na Formula 1.
A Petrobrás agradece pelo seu contato e encontra-se à sua disposição"
SAC Petrobras
0800 78 9001

Desta forma, a empresa esclarece nossas dúvidas e aos leitores do blog que tanto debateram esse caso. Gostariamos, antes de tudo, agradecer muito a Petrobrás pela atenção conosco e a sua resposta enviada por e-mail. 
Desde já, gostaríamos de enfatizar que apoiamos as iniciativas da Petrobrás no automobilismo como um todo e sabemos da competência de suas ações.
Muito Obrigado,

Cláudio Souza & Fernando Cataldo
Blog Paddock Info
www.paddockinfo.blogspot.com

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Apoio da Petrobrás ?

Petrobrás e os Pilotos Brasileiros


 A maior petrolífera brasileira despejou milhões de reais na F1 nos ultimos tempos patrocinando o GP Brasil e a equipe Williams F1, ganhou muito com publicidade, mas nenhum piloto acabou beneficiado.

A maior petrolífera brasileira, orgulho para muito brasileiro, orgulho  para os trabalhadores desta empresa, a Petrobrás S/A tem nome presente na F1 desde seus investimentos na equipe Copersucar e mais recentemente na WilliamsF1. Desde 1999 até o final da década de '10, a Petrobrás teve com a equipe Williams F1 uma parceria técnica que trouxe aos brasileiros vantagens com gasolinas mais poderosas, cujo seu desenvolvimento foi feito no maior laborátorio de alto desempenho que é a Fórmula 1.

 Petrobrás estampada nos carros Fittipaldi pilotado por Chico Serra.

Mas como toda empresa, a Petrobrás também usou e abusou da publicidade. Utilizou em vários momentos a imagem da equipe em propagandas no Brasil e quiça ao redor do Mundo, orgulhou-se de mostrar a todos que estava na Fórmula 1 e abastecia uma equipe de ponta. Quem nunca viu um mecânico vestido todo de amarelo abastecendo os carros azuis da Williams nestes últimos 10 anos?

A Petrobrás fez tudo certo, só esqueceu de um detalhe, apoiar os pilotos brasileiros na F1! A Petrobrás investiu maciçamente nas categorias de base como kart e na extinta Formula 3000. Teve até equipe júnior, ajudando pilotos como Bruno Junqueira, Max Wilson, os irmãos Sperafico, Jaime Melo Jr. e outros pilotos. Podemos dizer que ela criou o ninho, deu de comer e esperou os pássaros voarem, mas pelo que vimos, os pássaros não criaram asas...

Programa Seletiva Petrobrás - Um apoio fantástico no Kart 

  Team Petrobras Junior na Formula 3000 - Força na categoria de acesso

 Na Principal vitrine - Apoio a equipe Williams

Nós do Blog não queremos ousar a dizer o que é certo ou errado na estratégia de marketing e de publicidade da empresa. Se a Petrobrás assim deseja, que seja feita a vossa vontade. Mas como uma empresa estatal, acredito que nós, brasileiros, gostaríamos de ver um piloto nacional sendo apoiado ( e de certa forma, empurrado ) pela maior petrolífera da América Latina. Mas pelo que percebemos, não é essa a doutrina que impera na diretoria da empresa.

Aonde queremos chegar é que, se a Petrobrás despejou milhões de reais, ajudou indiretamente pilotos de outras nações na Fórmula 1, por quê não apoiou nenhum piloto na categoria? . Hoje em dia, vemos vários exemplos de empresas nacionais que ajudam seus pilotos compatriotas a conseguirem um lugar na F1. Abaixo temos alguns casos específicos para o ano que vem e um histórico:

Apoio da Petrolífera venezuela PDVSA levou Pastor Maldonado a conseguir sua vaga na Williams.

Mexicano Sérgio Perez e o seu belo empurrão dado pela gigante TELMEX.

O que seria destes três rapazes sem o empurrão da Mercedes-benz ?

Apesar da situação precária que se encontra a Venezuela, a estatal conseguiu colocar o piloto venzeuelano na Williams, uma bela proeza em se tratando de uma petrolífera de um país latino-americano. A gigante TELMEX ( nessa gigante inclui-se a Claro S/A, Embratel, Claro Argentina, parte da NET e outras muitas empresas... ) conseguiu um espaço na Sauber para o pupilo mexicano Sérgio Perez, que será companheiro do japonês Kamui Kobayashi ( que de tanto talento não precisou de dinheiro para ficar na F1, mas precisou da Toyota para chegar a categoria ).

Temos um exemplo histórico, como no caso do maior piloto da história da F1 - Michael Schumacher - que entrou na categoria graças aos dólares bancados pela compatriota Mercedes-benz. Outro caso recente é do piloto brasileiro Bruno Senna. Patrocinado pela Embratel ( empresa do mesmo rol da gigante TELMEX ), o brasileiro tem tido enorme dificuldade para conseguir espaço na F1 depois da desastrosa temporada pela Hispania.

Rubens Barrichello, Felipe Massa e Lucas di Grassi permanecem na F1 graças ao seu mais puro talento. O último ainda sente falta de um patrocínio forte. Cadê a gigante petrolífera numa hora dessa para ajudar um piloto nacional? Quer uma publicidade maior do que ajudar um piloto do seu país de origem a chegar cada vez mais alto na principal categoria mundial? Ainda mais sabendo que este piloto é reconhecidamente rápido e habilidoso?

O Brasil está chegando a um momento crítico na Fórmula 1. Rubens está em fase final de carreira, Felipe Massa entrará na temporada de 2011 talvez com a maior pressão que um piloto brasileiro já sentiu por resultados desde Barrichello em 1995, caso Felipe não tenha sucesso, é certo que sua carreira entrará em declínio. Di Grassi e Bruno Senna lutam por vagas fracas já que não contam com muito aporte financeiro e as categorias de base não contam com nenhum piloto nacional destacado.

Se está tão bom assim...

...porquê não apoiar um piloto nacional?

Se a situação persistir, o Brasil poderá enfrentar um novo jejum de vitórias na categoria já que o jejum de títulos entrará no seu 20º ano.

Depois dos milhões investidos na Williams F1, das campanhas publicitárias esfregadas na cara do público brasileiro com pilotos estrangeiros, com a Petrobrás exibindo sua alegria e fartura, depois de ver marca nacional mais badalada estampada na camisa do argentino River Plate, será que é demais a petrolífera apoiar integralmente um piloto brasileiro na Fórmula 1?

 Dá para entender ?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Race of Champions 2010

Um Puto Valente

Filipe Albuquerque, jovem talento português.

Antes de qualquer piada a respeito, "puto" em Portugal significa garoto, e existe no hino português um refrão com os dizeres "nação valente e imortal..", e desta forma enquadramos Filipe Albuquerque, 25 anos, um valente que enfrentou sem medo pilotos de respeito no ROC 2010 e os venceu de forma surpreendente.

Nascido em Coimbra no dia 13 de Julho de 1985, Filipe Miguel Delgadinho Albuquerque inicou no kartismo aos 13 anos por puro lazer. Mas como sempre, a brincadeira acabou ficando séria e o talento do "puto" começou a despontar.

Filipe disputou a World Series by Renault pela equipe Epsilon Euskadi em 2007.

O jovem português ganhou 2 títulos nacionais de kart, sendo graduado na F3 espanhola em 2005. Filipe permaneceu nas fórmulas base e conseguiu um 6o lugar na F3 espanhola, 5o na F-Renault Européia e 3o na F3 alemã. Em 2007 o português disputou a World Series by Renault sendo patrocinado pela Red Bull Corp. Atualmente ele tem disputado etapas da GP2 e correu na A1 GP na equipe portuguesa, conseguindo alguns bons resultados.

Na edição 2010 da ROC, Filipe pilotou em parceria com seu compatriota Alvaro Parente, a equipe de Portugal. Na Copa das Nações, empatou em 1 a 1 com a Inglaterra de Andy Priaulx e Jason Plato, novo empate contra a equipe nórdica de Tom Kristensen e Heikki Kovalainen e perderam para a lendária equipe francesa que contava com o tetracampeão mundial de F1 Alain Prost e o heptcampeão mundial de Rali Sebastian Löeb.

Filipe tambem tem passagens pela DTM.

No entanto, a valentia do "puto" veio nas disputas piloto vs. piloto. Na 1a fase, Filipe venceu os americanos Tanner Foust e Carl Edwards e perdeu para o alemão Sebastian Vettel. Classificado para o "mata-a-mata", Filipe mostrou ser um piloto de chegada ao vencer seu compatriota Alvaro Parente nas oitavas, calou o estádio em Dusseldorf ao vencer Sebastian Vettel e surpreendeu o mundo ao bater o lendário Sebastian Löeb na final.

 Eliminado na Copa das Nações na 1a fase...

...Filipe deu a volta por cima nas disputas piloto-a-piloto.

O Titulo da ROC 2010 é de Portugal!

Pela primeira vez em toda a história do automobilismo português, um piloto "das quinas" conseguiu um título com importância mundial.

Na Fórmula 1, o único piloto português que mais se aproximou da vitória foi Tiago Monteiro, que conseguiu um pódio com o 3o lugar obtido no GP dos Estados Unidos de 2005, naquele GP vergonhoso aonde os carros equipados com pneus Michelin não largaram por falta de segurança nos compostos.

Fanático por futebol e torcedor do Sporting Lisboa, Filipe espera ter a mesma sorte que Heikki Kovalainen, que depois de vencer o ROC 2004, conseguiu seu lugar na Fórmula 1.

Melhores Momentos da ROC 2010.

Filipe Alburquerque em números
Títulos:
2006 - Campeão da F-Renault Eurocup
2006 - Campeão da F-Renaut NEC
2010 - Campeão da ROC 2010