segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Triste Realidade Nacional

O País dos monopostos tem no turismo sua única opção de automobilismo.

Quer queira, quer não, o automobilismo se disseminou no Brasil graças ao trio de sucesso Fittipaldi-Piquet-Senna na Fórmula 1. E com isso, as categorias de monopostos cresceram aos olhos de quem ama o esporte a motor.
O Engraçado que este amor pelo monoposto, é algo quase exclusivo do Brasil na América Latina. Nos países vizinhos com certo amor ao automobilismo, as categorias "carretera", os famosos carros de turismo, sempre foram a principal predileção. Na Argentina, não se fala de outra coisa em corridas, tanto que o país possui uma etapa do Mundial de Rallye da FIA. No México é a mesma coisa.


Largada da F-Chevrolet em Interlagos
O Brasil, desde os primórdios, conseguiu sucesso nos monopostos. Categoria que prima mais pela técnica do piloto do que pelo próprio carro, o que torna a habilidade do brasileiro ao pilotar superior aos demais. Mas, infelizmente, o Brasil tomou o rumo dos nossos vizinhos, e acabamos "carreteando" nosso automobilismo nacional.
Não existem mais opções para os pilotos campeões de kart nacional ingressar em categorias monopostos. Em sua grande maioria, a migração para a Stock Car, Stock Car Light ou outras categorias turismo é quase que obrigatória. Tanto por questão financeira quanto por sobrevivência no meio.


Fórmula 3 Sul-Americana em Interlagos
Se o piloto quiser sair do kart e continuar no sonho de F1, a migração para a F3 Sul-Americana é indigesta. A Categoria está perto da falência e sem nenhuma visibilidade. Se quiser manter o sonho aceso, a Inglaterra passa a ser o destino mais óbvio porém os valores exorbitantes para sobrevivência acabam tornando inviável o sonho, a não ser que você tenha sobrenome de peso ou patrocínio infinito.
Os resultados da audiência da principal categoria de turismo no Brasil demonstram o desinteresse e a distância do brasileiro com essa categoria. E não adianta transmissão em rede nacional, ex-piloto brasileiro de F1, promoções e eventos, ficou provado que, corridas de kart como as 500 milhas e o Festival das Estrelas organizado pelo Felipe Massa dão mais audiência, o que provam que o brasileiro gosta mesmo é de kart e monopostos.

Quando acompanhamos alguns programas sobre esporte a motor as perguntas sobre a morte do automobilismo monoposto no Brasil, as respostas são quase as mesmas: falta de patrocinador, custos elevadissimos, falta de visibilidade, crise mundial entre outras baboseiras.
A Stock Car comprova que dinheiro não falta, existem patrocinadores interessados em investir no automobilismo, se os custos são elevados nada que uma padronização não ajude a reduzir e a crise mundial, como o próprio Brasil demonstrou, não bateu forte no nosso país.


F-Renault, último suspiro dos monopostos no país
É incrivel a inércia e a falta de ação para criação e promoção de categorias monopostos no Brasil. Gastam tubos de dinheiro na Stock Car, uma categoria no mínimo chata e esquecem da principal modalidade do esporte a motor no Brasil. Algumas gerações de pilotos já se perderam. Vou citar alguns exemplos: Sérgio Jimenez ( multi-campeão no kart ), Átila Abreu ( atualmente na Stock ), Alan Hellmeister entre outros. Bia Figueiredo sobreviveu porque rumou para os Estados Unidos.
A Stock Car não merece a garotada que vem do kart, e sim os pilotos experientes e de idade, pois os poderosos carros merecem uma certa experiência em sua condução.
A Bagunça é tanta no nosso automobilismo que misturaram a essência da , antes , épica Stock Car com a garotada que está se formando no kart.
A F-Truck é uma exceção a regra pois sempre foi organizado pelo saudoso santisa Aurélio Félix.

Finalizo minha indignação com a atual fase do automobilismo brasileiro, triste realidade nacional aonde o grande campeão do nosso esporte a motor venha de uma categoria turismo.



A Base do autombilismo nacional, será que o brasileiro deixou de gostar de monoposto?

créditos da foto: http://www.amika.com.br/

fotos: www.google.com.br/images

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Que Aconteceu com a F1?

Lembro até hoje de acordar com o barulho da TV enquanto meu pai assistia F1. Eram outros tempos, anos 80, uma Fórmula 1 diferente onde as prioridades eram outras, as emoções eram outras mas muito mais do que tudo isso, os objetivos eram outros.

Embora muito novo, vibrava com ele a cada ultrapassagem que víamos, a cada manobra arrojada que os muito mais talentosos pilotos da época realizavam por puro amor ao esporte, afinal, arriscar a vida a 300km/h era pra poucos.

Mal sabia eu que aquelas imagens maravilhosas seriam cada vez mais raras com o passar dos anos induzidas pelas evoluções tecnológicas e também devido aos caminhos opostos que a administração da categoria e do esporte em geral resolveria seguir.

Época em que as pistas eram desenhadas com o intuito de mostrar o tamanho do desafio que era ter esta profissão tão desejada por muitos e alcançada por poucos. Pistas em que os verdadeiros pilotos eram expostos a situações onde vencia a habilidade, a coragem e a audácia de fazer algo mais arriscado que o adversário para vence-lo sempre “no braço”.

As pistas possuíam vida própria com curvas características e únicas tornando-se cartões postais de lugares onde tudo era sentido com todas as paixões possíveis por velocidade.

O respeito pelo mais experiente era grande, mas o espirito de competição era sentido pela televisão. A fraternidade entre pilotos, inclusive entre companheiros de equipe, era algo sincero: Gostava ou não gostava! Simples assim! As declarações nas entrevistas eram espontâneas e a sinceridade e o humor de quem o tivesse, eram vistos de longe assim como a acidez e mal humor, tão mais presente que hoje em dia.

Nessa época, a Fórmula 1 era um esporte de alto risco.

Hoje em dia vivemos em uma época onde 90% do que se lê, é sobre  dinheiro. Antes da habilidade de cada piloto ser questionada, o pensamento de dirigentes é: “Qual a quantidade de dinheiro que esse piloto vai trazer com seus patrocinadores?”.

Equipes sendo vendidas, montadoras tomando conta de equipes que eram motivadas pelos sonhos de pessoas corajosas que enfrentaram a incerteza de ter uma equipe, sempre com o objetivo de ser, antes de qualquer consequência, vencedora.

Apesar de todas as revoltas contra essa época chata e entediante em que a F1 vive, os dirigentes das equipes não tem culpa pois de alguma forma eles precisam arrecadar verba para manter-se na F1, afinal os tempos são outros e muito mais caros!

A F1 tornou-se um investimento milionário e com retorno cada vez mais incerto ao longo dos anos, além de tudo, devido ao profissionalismo e compromisso que a categoria adquiriu ao longo dos anos.

As pistas são feitas visando o espetáculo e o dinheiro investido através da exposição de marcas que patrocinam a muito cara brincadeira. As curvas, as emoções e a competitividade são secundárias. O que não falta para esse assunto é exemplo.

Eu confesso que nunca senti tamanha decepção ao término de uma corrida como no ultimo GP de Abu Dhabi. Este que infelizmente mostra perfeitamente o rumo em que a categoria esta seguindo. Como diria meu admirado jornalista Flávio Gomes, “As curvas são um lixo, mas o hotel muda de cor! – Grande bosta!!!”.

Os pilotos tornaram-se marionetes de suas equipes tanto dentro como fora das pistas.
Dentro, basta seguir a estratégia pilotando cada vez mais rápido para que os milésimos de segundos calculados pelo computador da equipe transformem-se em vantagem durante a parada no box. Essa mesma parada que por muitos anos, mal era utilizada pelos pilotos dos “anos dourados” da F1.

Fora, declarações prontas e automatizadas dão a impressão de que todos os pilotos usam palavras diferentes mas que falam a mesma coisa sempre com muito cuidado para não abalar o bom relacionamento com a equipe ou com possíveis companheiros do futuro.

Hoje em dia, a Fórmula 1 transformou-se em um negócio de alto risco.

Eu sinto saudades dos tempos em que acordava de manhã para assistir corridas de verdade ao lado do meu pai e via homens apaixonados por simples velocidade e competição deixando de lado todo o resto do mundo que os cercava pois afinal, nada era mais importante do que vencer.

Tive um período de abstinência do mundo da velocidade devido a morte do meu maior ídolo no esporte e quando voltei a acompanhar, já era um mundo totalmente diferente. Confesso que demorei um pouco para descobrir qual era o motivo que fazia esse esporte ainda encher os meus olhos com lagrimas de emoção depois de tantos anos. Finalmente percebi que não era a categoria e suas mudanças gritantes que me deixavam maravilhado como aqueles homens dos anos 80 e sim a pura velocidade.

E vocês, qual Fórmula 1 preferem?

Badoer Ferrari 2008
A Ferrari de 2008 ou…

Berger Ferrari 1987
… a Ferrari de 1987?

Volante F1 Atual
O volante da Ferrari de 2009 ou…

Volante F1 Antigo
… o volante da Ferrari de 1990?

Muita coisa mudou!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Semelhanças e Diferenças

Ayrton e Bruno Senna possuem diferenças profundas em suas vidas no automobilismo



Um foi...





Tricampeão Mundial de Fórmula 1
Multi campeão no kartismo
Campeão e recordista da Fórmula 3 Inglesa
Maior recordista de vitórias no GP de Monte Carlo
Por 12 anos foi o recordista de poles na Formula 1
Maior talento brasileiro no automobilismo mundial
Mito considerado o melhor piloto de todos os tempos
É ídolo confesso de vários pilotos, inclusive Michael Schumacher


O outro é ....





Vice-campeão da GP2
5 anos de experiência no automobilismo sendo que 2009 foi perdido
Pouca experiência no kartismo
Disputas em fórmulas menores
Testes bons na ex-equipe Honda
Vitória maiúscula no GP de Mônaco da GP2
Confirmado como piloto oficial da Campos Meta F1 para 2010.






Ayrton e Bruno em momentos semelhantes


Verificamos que as diferenças racionais entre Ayrton e Bruno são enormes e que é impossível à comparação entre os dois.




Mas, o que iremos ver na próxima temporada será uma grande expectativa em torno do garoto, que não é tão garoto assim, por carregar um sobrenome que tem o peso do planeta Júpiter. SENNA.


Em 1995, Rubens Barrichello não suportou a pressão por ser aclamado pela mídia nacional e por si próprio como o substituto de Ayrton Senna. Seu carro e habilidade não condiziam com a expectativa gerada e claro, o brasileiro teve sua carreira marcada por polemicas e falta de reconhecimento interno.


A Entrevista dada por Bruno Senna à revista VEJA domingo passado foi forte e demonstrou um homem de extrema personalidade. Não titubeou ao dizer que não possui ídolos no esporte, mesmo sendo sobrinho da maior lenda do automobilismo brasileiro, e afirmou que o lendário tio é apenas uma referencia. Certíssimo. Assim Bruno, está tentando, o que vai ser difícil, tirar a sombra do tio famoso e tentar firmar a carreira como Bruno, mas ele mesmo admite, o sobrenome ajudou e muito.


O que seria do Bruno, se seu nome de guerra fosse: Bruno Lalli? Talvez nem na GP2 teria chegado, não desmerecendo o talento natural do brasileiro mas o vácuo deixado por Ayrton Senna, morto tragicamente, ainda ecoa nas mentes de quem é envolvido com o automobilismo.


Ver o nome SENNA de volta a Fórmula 1 mexe com muitos sentimentos. Os brasileiros, em sua grande maioria, irão querer ver se o “novo SENNA” é igual aquele que morreu quase 20 anos atrás. Lá fora, todos verificarão o quão bom é esse novo SENNA.




Ayrton, aos 34 anos


A experiência com o “novo Piquet” talvez já tenha calejado boa parta da mídia internacional, mas a brasileira não. Ufanista e pseudopatriota, a mídia nacional tentara forçar a barra e vender que esse SENNA é como aquele de 20 anos atrás.



Mas, por favor, trataremos Bruno Senna como Bruno Lalli. O homem de 26 anos estreará na Formula 1 relativamente tarde, assim como aconteceu com Damon Hill, e não terá um carro competitivo. Sua equipe é novata e o período será de aprendizado.


Bruno sofrerá muito, pois sua falta de experiência no automobilismo, com certeza, será sentida. Vendo que, em 1994 ele parou com os karts por causa da morte do tio famoso, Bruno apenas voltou a correr em 2004, e digamos que ele tem 10 anos de “desvantagem” para os demais.


Será uma estréia como as demais. Bruno precisará ser tratado como Felipe Massa foi, Enrique Bernoldi foi, Luciano Burti foi, Ricardo Zonta foi, Cristiano da Matta foi em suas estréias na Fórmula 1.




Bruno, aos 25 anos


Agora, se for tratado como Ayrton Senna e ele, o que parece que não vai acontecer, entrar no embalo da mídia e do encanto do povo pelo sobrenome estelar, será meio passo para o fracasso.


Acredito muito no talento do Bruno Senna, e tenho certeza que ele fará uma boa carreira na Formula 1, mas nada de excepcional. Bruno, em sua curta carreira, demonstrou ser um piloto bom e rápido mas nada estelar.


Teremos que trata – lo nesse começo de carreira na Formula 1 como Bruno Lalli, e se realmente ele vingar, vencer, disputar títulos e ser um campeão, ai sim, o trataremos como um Bruno SENNA.



Tio e Sobrinho, o destino fez um seguir os passos do outro

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

2009! – Lembrar ou Esquecer?

Olá Pessoal,
Boa Noite.

Primeiramente gostaria de pedir desculpas pelo longo período ausente do nosso Paddock Info. Devido a agenda apertada, viagem de feriado e acidente futebolístico, minha analise dos GPs do Brasil e de Abu Dhabi foram atrasadas junto com minhas considerações gerais de toda a temporada 2009.

Mas antes tarde do que nunca, não é mesmo?
E por esse motivo, vou colocar nas linhas que seguem minhas opiniões sobre alguns dos acontecimentos mais marcantes da F1 nesse tempo em que fiquei ausente.

A começar pelo Grande Prêmio Petrobras do Brasil 2009!

Como sempre, Interlagos nos proporciona grandes corridas e nesta edição não foi diferente!

Logo na largada e primeiras voltas tivemos algumas certezas: Red Bull estava muito forte, Jarno Trulli já deveria ter saído da F1 há algum tempo, Fernando Alonso estava pouco se importando com as corridas que lhe restavam com a Renault, Rubens Barrichello não seria Vice-Campeão, Lewis Hamilton é um excelente piloto, Jenson Button faria uma grande corrida para coroar seu titulo e finalmente veríamos um piloto de cair o queixo vindo do Japão, Kamui Kobayashi.

O GP Brasil proporcionou grandes emoções durante a corrida e, a falar por mim, a grande surpresa foram duas: Jenson Button e Kamui Kobayashi!

Vou explicar os motivos:

Jenson Button:
- Apesar do inicio de temporada arrasador, é fato que ele não era o mesmo piloto depois do GP da Turquia, onde conquistou sua ultima vitória na temporada. Após apresentações que deixavam a sensação de “Será esse o campeão do mundo em 2009?!”, Jenson viu seu titulo cada vez mais ameaçado e por isso, resolveu reagir quando já estava ficando sem opções: ou lutava feito homem pelo seu titulo ou esperava a sorte decidir por ele.
Acho que ele fez muito bem! E melhor ainda para nós, como amantes do arrojo na F1, que vimos uma apresentação de quem realmente tem algo a perder mas que prefere tentar e talvez falhar na luta pelo êxito ao fracasso por não controlar suas ambições.

Kamui Kobayashi:
- Eu ainda não encontrei palavras para descrever esse piloto. Fez seu treino de sábado discreto, mas já largando em 11º (comentei aqui inclusive que era uma boa posição de largada para um estreante!) e chegando em 9º ao final da corrida. Mas esse 9º lugar não condiz com o que foi a corrida de Kamui, pelo contrario, apenas esconde o que “aprontou” na pista brasileira.
Kamui fez o que quis na pista e levou as velhas frases de “Não fui bem pois não conhecia a pista” (By Piquet Jr.) e “O carro não esta bom!” (By Jarno Trulli – que sempre reclamou de sua Toyota) a caírem por água abaixo. Disputou posições como há muito tempo não via antes. Deu X no atual campeão do mundo, Jenson Button e deixou seu amigo japonês, Nakajima, tão desnorteado com uma ultrapassagem, que levou o amigo ao erro e abandono da prova.
Para mim, sem duvidas, o grande nome do GP Brasil.

Rubens Barrichello viu aqui, suas chances de ser vice-campeão irem por água abaixo com um lamentável 8º lugar após liderar a corrida. Ainda andou em terceiro, melhorando suas chances de levar a disputa para o GP seguinte, mas um pneu furado o obrigou a um pit-stop extra tirando assim todas as suas chances.
Mas Rubens é um piloto positivo e com certeza, viu algo bom em tudo o que aconteceu em Interlagos.

Mark Webber, o vencedor do dia que só venceu, pois Vettel largou muito atrás e mesmo assim chegou em quarto, mostrando a força da Red Bull.

Lewis Hamilton, largando em 17º chegou em terceiro, mostrando o quanto é realmente bom.

Vamos então ao Grande Prêmio Etihad Airways de Abu Dhabi!

Não sei por onde começar a comentar esse GP.
Seria pela estrutura fantástica do autódromo? Seria pelos milhões gastos na construção da pista? Seria por toda a expectativa gerada para essa corrida? Ou seria ainda pelo traçado totalmente sem graça que construíram na Yas Marina?

A diferença entre a ultima opções e as demais, é que essa ultima seria a única que deveriam ter colocado mais atenção na hora do projeto, mas que na pratica, foi onde menos deram atenção.

O traçado não proporcionou em nenhum momento, emoções dignas de uma pista de corrida de carros. A pista não tem nenhuma característica que faz o traçado ter vida própria como a Eau Rouge na Bélgica, S do Senna em Interlagos, o muro que todos os pilotos tem medo em Montreal, a parabólica e a famosa “Curva Di Lesmo” em Monza e pra finalizar (só pra não citar muitos exemplos), os muros apertados e o mais belo Túnel de Mônaco que, apesar de tudo, ainda tem seu charme. Enfim, na minha opinião, não trouxe nada bom pra F1 e ainda revelou o quanto esse povo árabe gosta de jogar dinheiro fora.

Mas vamos ao que interessa pois, apesar dos pesares, a corrida aconteceu e foi tão chata quanto previsível.

Já nos treinos vimos quem ia mandar no FDS, leia-se McLaren. Lewis Hamilton fez a pole, mostrando que a degola no Q1 em Interlagos foi obra do acaso.
Ia liderando com autoridade a corrida quando os freios traseiros começaram a dar problema e a vitória caiu no colo de Sebastian Vettel, que assegurou seu vice-campeonato com esse resultado.

Nas ultimas voltas, Jenson Button arriscou uma perseguição a Mark Webber na luta pela segunda posição. Foi o ponto alto da corrida e também mostrou ao mundo inteiro, o quanto o traçado de Abu Dhabi não favorece as disputas que todos nós queremos ver na F1. Button teve enorme dificuldade em ultrapassa-lo e no final, não conseguiu. Penso eu, assim como várias outras pessoas devem pensar, que o atual campeão do mundo passaria Webber caso a pista fosse um pouco mais favorável a quem ataca ao invés de favorecer a quem defende.

Isso mostra o quanto os valores da F1 podem estar invertidos.

Após o termino da corrida, a semana foi entrando com algumas noticias que já esperávamos e outras que nem tanto.

Rubens Barrichello confirmou que irá correr pela Williams em 2010; Bridgestone fara sua ultima temporada na F1 em 2010 e por ultimo, a Toyota anunciou sua saída da F1.

Sobre o Rubens na Williams já falamos demais por aqui, mas os dois últimos anúncios realmente são novidades.

A Bridgestone, que de 2006 a 2010 trabalhou (e irá trabalhar) como único fornecedor de pneus da categoria. Anuncio que pegou a todos de surpresa e que foi mais agravado depois de Michelin e Pirelli declararem que não tem o menor interesse em voltar a categoria.

Sendo assim, ficamos com a duvida: Quem fabricará os pneus para a F1 a partir de 2011?
Eu não faço a mínima idéia. E vocês?

O abandono da Toyota para o ano que vem já era esperado e com muita sinceridade digo que a escuderia não fará a menor falta à categoria.

Penso eu que a maior perda com essa noticia, seja o desemprego provisório de Kamui Kobayashi.

Mas tenho certeza que ele arrumara um cockpit para correr em 2010 o quanto antes.
Espero que as equipes não desperdicem esse talento óbvio que tem Kamui.

Essa temporada foi única em muitos aspectos. Tivemos escândalos, domínio absoluto de um piloto na primeira metade, competitividade com vários vencedores na segunda, estréias, surpresas, demissões no meio da temporada, acidentes bobos, acidentes sérios, acidentes engraçados, pistas emocionantes, pistas sonolentas, enfim, tivemos de tudo em 2009!

Com a mudança do regulamento e a dança das cadeiras ainda acontecendo a pleno vapor na categoria, só nos leva a esperar por um 2010 muito melhor.
A cada ano a F1 nos surpreende, seja de forma boa ou ruim. Eu, como fã incondicional da categoria, espero sempre pelo melhor.

Obrigado pela atenção e até o próximo post.

Imagens do Vencedores de 2009:


Button
Jenson Button: GP da Austrália, GP da Malásia, GP do Bahrein, GP da Espanha, GP de Mônaco e GP da Turquia.

VettelAbuDhabi
Sebastian Vettel: GP da China, GP da Inglaterra, GP do Japão e GP de Abu Dhabi.

Webber
Mark Webber: GP da Alemanha e GP do Brasil.

hamilton
Lewis Hamilton: GP da Hungria e GP de Cingapura.

united_colours_of_barrichello
Rubens Barrichello: GP de Valência e GP da Itália.

raikkonen
Kimi Raikkonen: GP da Bélgica.

++

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A Lista que Importa

¡Hola Hermanos!

Bem, acabou mais uma temporada de Fórmula 1, e o nosso querido piloto Rubens Barrichello nem o vice-campeonato conseguiu. O segundo e glorioso posto foi para o alemão Sebastian Vettel da Red Bull. Nada mais merecido, pois o garoto venceu 4 corridas na temporada contra 6 do atual campeão mundial Jenson Button.
Já que nosso país vem se destacado em "segundas posições" nesse esporte à motor, elaboramos uma lista que ninguém colocou no ar nesses dias nos sites esportivos.
A Lista dos Vice-Campeões Mundiais!

STIRLING MOSS, ING 4
ALAIN PROST, FRA 4
GRAHAM HILL, ING 3
NIGEL MANSELL, ING 3
RUBENS BARRICHELLO, BRA 2
JM FANGIO, ARG 2
JACKY ICKX, BEL 2
JACKIE STEWART, ESC 2
EMERSON FITTIPALDI, BRA 2
RONNIE PETERSON, SUE 2
AYRTON SENNA, BRA 2
DAMON HILL, ING 2
MICHAEL SCHUMACHER, ALE 2
KIMI RAIKKONEN, FIN 2
ALBERTO ASCARI, ITA 1
GIUSEPPE FARINA, ITA 1
JF GONZALEZ, ARG 1
TONY BROOKS, ING 1
BRUCE MCLAREN, NZL 1
W VON TRIPS, ALE 1
JIM CLARK, ESC 1
JOHN SURTEES, ING 1
JACK BRABHAM, AUS 1
CLAY REGAZZONI, SUI 1
NIKI LAUDA, AUT 1
JODY SCHECKTER, AFR 1
GILLES VILLENEUVE, CAN 1
NELSON PIQUET, BRA 1
CARLOS REUTTEMAN, ARG 1
DIDIER PIRONI, FRA 1
MICHELLE ALBORETO, ITA 1
RICCARDO PATRESE, ITA 1
JACQUES VILLENEUVE, CAN 1
HH FRENTZEN, ALE 1
EDDIE IRVINE, IRL 1
DAVID COULTHARD, ESC 1
MIKA HAKKINEN, FIN 1
LEWIS HAMILTON, ING 1
FELIPE MASSA, BRA 1
SEBASTIAN VETTEL, ALE 1

e por países

INGLATERRA 13
BRASIL 8
FRANÇA 5
ALEMANHA 5
ARGENTINA 4
ESCOCIA 4
ITALIA 4
FINLANDIA 3
BELGICA 2
SUECIA 2
CANADA 2
NOVA ZELANDIA 1
AUSTRALIA 1
SUIÇA 1
AUSTRIA 1
AFRICA DO SUL 1
IRLANDA 1

Note que, por países, somos o segundo maior em vice campeonatos, e nem queiram saber em que posição estamos em títulos mundiais...

Com a vitória de Vettel, Barrichello deixou escapar o tricampeonato, más não tem nada não, ano que vem é Williams Cosworth, e tudo começará do zero de novo, já pensou se Patrick Head e sua trupe montam um carro a lá Brawn ?

É esperar para ver!

Já tem gente apostando em Barrichello ano que vem... eu prefiro aguardar

A Nota feliz é a chegada de Bruno Senna a Fórmula 1. Depois de 16 anos, veremos o nome SENNA de volta a categoria. O nosso narrador oficial já adiantou que será emoção demais falar esse sobrenome na transmissão, preparem os protetores auriculares...

Felipe Massa terá uma prova de fogo contra Fernando Alonso na mesma equipe e Barrichello lutará pelo TRI na sua nova equipe Williams.

O que esperar de 2010 ?

Bom, minha aposta vai para a McLaren com Lewis Hamilton, apesar da real debandada da Mercedes-benz de Woking, a equipe inglesa se mostra cada vez mais forte...
Na Ferrari, eu espero briga tão ríspida quanto Hamilton-Alonso... e quem tem a perder com isso é a própria Ferrari...
A Brawn continuará na mesma, no meio do pelotão...
e se a Toyota fizer um carro descente, Kamui Kobayashi vai dar alegrias aos fãs de F1 ... em Abu Dhabi deu para ver que o garoto tem talento e arrojo...

Sem mais

Um abração a todos!!!

Se recupere logo hermano Cataldo... vai tentar jogar futebol só pode dar nisso!!!

¡Hasta Luego!