quinta-feira, 14 de abril de 2011

Alguém se lembra deles?

Para quem acompanhou os tempos de ouro da F-Indy, a lembrança será fácil e nostálgica.




Danny Sullivan


Danny Sullivan em ação pela Penske, em Mid-Ohio 1990.

Sullivan e Fittipaldi se encontram pela pista, Long Beach 1990.

Danny Sullivan é americano, nasceu em Louisville em 1950. Foi um dos grandes nomes da Formula Indy nos anos 80 e 90. Chegou a participar da F1 correndo pela equipe Tyrrell porém sem sucesso. 
Ganhou as 500 milhas de Indianapolis em 1985 e foi campeão da Fórmula Indy em 1988 numa batalha contra Al Unser Junior. 

Bobby Rahal


Bobby Rahal em ação pela Truesports em 1993.
Vitória em Indianapolis em 1986

 Robert Woodward Rahal, ou "Bobby" Rahal nasceu em Medina, Estados Unidos. Para quem acompanhou a Formula Indy no começo dos anos 90 acostumou-se a ver Rahal e o seu carro preto e amarelo em ferozes batalhas contra Emerson Fittipaldi e Michael Andretti. Sagrou-se campeão da F-Indy em 1993 além dos títulos de 1986 e 1987. Faturou as 500 milhas de Indianapolis em 1986. Chegou a correr na F1 em 1978. 

Arie Luyendyk

Luyendyk e o sonhado troféu.

Vitória na Indy 500 em 1990.

Arie Luijendijk nasceu na Holanda em 1953. Foi um dos grandes nome da F-Indy nos anos 80 e 90. Um dos poucos europeus que ao invés de trilhar a carreira para a F1, fez o caminho para a América, aonde começou a correr na Indy em 1984. 
O ínicio de Luyendyk foi desastroso, como de todo holandês no automobilismo ( vide Verstappen ), mas aos poucos, o seu arrojo foi sendo polido e a sua primeira vitória veio em 1990. Ganhou as 500 milhas de Indianapolis no mesmo ano e em 1997. Nunca foi campeão do campeonato mas cravou seu nome entre os "maiorais" da categoria. 

Al Unser Jr.

Al Unser Jr e o seu famoso carro patrocinado pela Valvoline.

Al Unser Jr em testes na F1 no Williams Renault de 1992 híbrido.

Duelo Al Unser Jr. vs. Scott Goodyear - Indianapolis 1992

Alfred Unser Jr., ou "Al" Unser Jr. nasceu em Albuquerque nos EUA. Integrante da familia tradicional do automobilismo americano, "The Unsers", Al é filho do sr Al Unser. Ganhou duas vezes as 500 milhas de Indianápolis e foi bicampeão da Indy 1990-1994. Polêmico, já foi preso e foi pego várias bêbado no trânsito. Foi companheiro de Emerson Fittipaldi na Penske no ínicio dos anos 90. Apesar do seu estilo errático, foi um piloto de grande sucesso e se não fosse pela falta de juízo, teria conseguido mais títulos na categoria.

Rick Mears

 Rick Mears e o Penske nº 4, fera nos ovais.

Tributo a Rick Mears

Para quem, como eu, acompanhou a Indy in-loco no ínicio dos anos 90 talvez não se lembre muito dele, mas com certeza, se consultar os números saberá que se trata de uma das lendas do automobilismo americano. Rick Ravon Mears foi companheiro de Emerson Fittipaldi na Penske no ínicio dos anos 90 e abandonou a carreira após um forte acidente. Rick Mears era conhecido por ser extremamente habilidoso nos ovais, e até hoje detêm o recorde de poles das 500 milhas de Indianapolis, 6 ( 1979/82/86/88/8991 ) e venceu a corrida por 4 vezes ( 1979/84/88/91 ). Foi tricampeão da F-Indy e é tio do piloto Casey Mears. Nunca participou da F1.

Michael Andretti

 Michael Andretti & Newman Hass - combinação de sucesso

Michael testando o McLaren Honda de 1990. Passagem ruim pela F1

Michael Andretti e um de seus principais rivais - Paul Tracy.

Michael Mario Andretti. Um dos maiores pilotos de todos os tempos da F-Indy, um daqueles casos de que, a quantidade de títulos conquistados não condizem com a sua grandeza dentro das pistas ( pistas americanas, diga-se de passagem ). Michael barbarizou na F-Indy em toda sua carreira. Foram 317 corridas com 42 vitórias e 32 poles. Quem acompanhou a Indy bem no inicio dos anos 90 sabe que, Michael era páreo durissimo para Emerson e outros medalhões. Filho do lendário Mario Andretti e também integrante da familia tradicional do automobilismo americano, Michael venceu a F-Indy apenas uma vez na temporada de 1991 quando derrotou Emerson Fittipaldi. Graças ao sucesso e por força de Bernie Ecclestone, conseguiu testes pela McLaren. Foi companheiro de Ayrton Senna na temnporada de 1993, mas pouco produziu. O estilo de pilotagem de Michael não vingou na Europa e o máximo que conseguiu foi um pódio no ultimo GP em Monza. Retornou aos EUA e reiniciou seu domínio. Por íncrivel que possa parecer, nunca venceu as 500 milhas de Indianápolis! 
Hoje, é proprietário da equipe Andretti Autosport e tem em seu filho, Marco Andretti, o herdeiro do clã Andretti. Na minha singela opinião, foi o melhor piloto da F-Indy no ínicio dos anos 90.
Paul Tracy
Paul Tracy em ação na Penske, uma das apostas arriscadas de Roger Penske.

1a vitória de Paul Tracy na F-Indy, em Long Beach.

Um tanto desmiolado, para muitos afobado, e para muitos arrojado, e para uma grande maioria, um maluco veloz. Paul Tracy é canadense e nasceu em 1968. Muito jovem, apareceu na Indy e em pouco tempo, estava sentado no poderoso Penske, sendo companheiro de Emerson Fittipaldi e Al Unser Jr. Atrevido, nunca esmoreceu numa batalha contra os medalhões e por causa disso, já colecionou várias brigas ( porradas mesmo! ) fora das pistas. Foi campeão da F-Indy já na época de divisão em 2003 e nunca ganhou as 500 milhas de Indianapolis. Tem 21 vitórias no curriculo e já testou na F1, pela equipe Benetton no inicio dos anos 90.

 Paul Tracy sentando no Benetton B194, seu atrevimento despertou o interesse em Briatore.

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Mário Andretti, Nigel Mansell e Emerson Fittipaldi dispensam apresentações por serem, além de campeões e muito conhecidos na história da Formula Indy, foram campeões da Fórmula 1. Eles merecem destaque à parte. Espero que tenham recordado um pouco destes pilotos que alegraram um pouco as ==> tardes de domingo <== depois de nós termos nos alegrado um pouco pelas manhãs..:-P

Até mais
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terça-feira, 5 de abril de 2011

Luto no Automobilismo Brasileiro

A morte de Gustavo Sondermann na Copa Montana ligou o sinal vermelho no automobilismo brasileiro e no circuito de Interlagos, a Curva do Café precisa ser alterada urgentemente!

"Faltam palavras para descrever a indignação que eu senti ao ver a corrida ao vivo e o acidente em plena chuva em interlagos. Muita coisa foi escrita nas redes sociais, muitas condolências foram extravasadas, Galvão Bueno externou sua indignação em carta pública e divulgada amplamente pelas comunicações Globo e o presidente da CBA, Clayton Pinheiro, enviou uma carta a FIA pedindo vistoria imediata da curva fatídica. 
 
Esse acidente realmente entristeceu a todos que acompanham o automobilismo em geral. Uma morte nesse esporte é sempre muito sentida. Sabemos dos perigos do esporte que praticamos e a morte, mesmo sendo temida no íntimo de todo piloto, é enfrentada de forma brava pelos profissionais e amadores.
Mas, convenhamos, uma terceira morte na mesma curva do mesmo circuito deixa qualquer um indignado e transtornado. Paira um certo ar de desleixo ou impunidade das autoridades. Eu sei que citar a famosa curva Tamburello não faz bem, mas se colocarmos em comparações, os sinais dados pela Tamburello antes do acidente trágico com Ayrton Senna foram menos chocantes com as quais estamos começando a nos "acostumar" com os acontecidos na Curva do Café.
 
Em 1987, Nelson Piquet bateu forte na Tamburello e teve uma concussão cerebral sendo impedido de participar da prova. Em 1989, na mesma curva, Gerhard Berger bateu forte e sua Ferrari pegou fogo. Seu carro ficou em chamas e o piloto teve queimaduras nas mãos e pelo corpo e por muita sorte escapou ileso. Nos testes de 1994, mais precisamente em Fevereiro, Ayrton Senna, numa atitude pró-ativa, levou os responsavéis da pista para a curva fatídica para explicar que algo deveria ser feito porque as condições do asfalto e a inclinação da curva poderiam ocasionar um acidente forte. Suas reclamações não foram atendidas, e o resto todos nós sabemos.
O que acontece com a Curva do Café é algo semelhante e muito mais trágico. Foram duas mortes em campeonatos turismo, sendo que um fotógrafo morreu depois de um acidente de moto no mesmo local. Já tivemos um acidente sério na Formula 1 em 2003, quando Fernando Alonso foi atingido de maneira brutal por Mark Webber e por pouco não sofreu algo mais sério. O que falta para as autoridades tomarem suas atitudes? Será preciso algum piloto famoso de Formula 1 morra nas mesmas circunstâncias que esses jovens e "desconhecidos" brasileiros morreram para se tomar alguma atitude?
 
Desculpem pelo teor emotivo e de desabafo. É que ver um jovem brasileiro, que dividiu a mesma paixão pelas corridas, tenha sua vida ceifada pela inércia alheia. Tragédias acontecem, todo acidente tem uma causa, e a morte de Gustavo Sondermann foi claramente consequência de uma coisa óbvia: Descaso.
 
Dr. Dino Altmann, o senhor é um herói!
Fique com Deus, 
Gustavo Sondermann"
 
Cláudio Souza