segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"Estórias" do Automobilismo III

Fórmula 1 + Copa do Mundo + Brasil =


Jejum, você passará por isso...

21 de Junho de 1970.
A Seleção Brasileira de Futebol conseguia o tricampeonato de futebol no México. A partir daí, o Brasil amargou 24 anos sem títulos de Copa do Mundo. Foram anos de sofrimentos, desilusões, craques que sucumbiam na reta final, Serginho perdendo gol feito, Zico perdendo penalti decisivo e outros casos que podemos adicionar para este momento ruim do futebol brasileiro no cenário mundial.

 Este homem fez o Brasil chorar em 1982...

Bats defende penalti de Zico, lá vamos nós continuar nosso jejum...

Cannigia dribla Taffarel e... mais 4 anos de jejum...

Enquanto isso na Fórmula 1,
Em 1972, Emerson Fittipaldi conseguiu o 1o título mundial de Fórmula 1 para o Brasil, em 1973 foi vice-campeão e voltou a ser campeão em 1974 com um McLaren Ford. Penou com o Copersucar-Fittipaldi até migrar para os Estados Unidos. Sem antes, deixar caminho livre para o aparecimento de Nelson Piquet. Tricampeão Mundial de Fórmula 1 em 1981/1983/1987. Um tricampeão era pouco? imagine dois? Ayrton Senna continuou o sucesso tupiniquim nas pistas da Fórmula 1 sendo tricampeão Mundial em 1988/1990/1991. Dois anos para beber água de coco na sombra para o tetracampeonato.

 Um banho de espumante, se no futebol as coisas andam ruim, na F1 nós fomos campeões.

Para economizar foto, eis aqui 6 títulos mundiais de F1 para o Brasil...

Chegamos em 1994,
E as "estórias do automobilismo" se cruzam, 
Finalmente o Brasil ganhou uma Copa do Mundo no futebol, depois de 24 anos de jejum, para quem ama o futebol, foi um baita sofrimento esperar, mas valeu a pena. Em contrapartida, o Brasil perdeu Ayrton Senna em um trágico acidente, e as chances de um título mundial na Fórmula 1 tiveram uma pausa.

Após o tetracampeonato mundial de futebol em 1994, os 24 anos de jejum encerrados, o futebol brasileiro viveu uma nova fase. Craques brotaram como Ronaldo "Fenômeno", Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Kaká, Roberto Carlos, Cafu, Edmundo entre outros. Se era tão dificil vencer uma Copa América, imagine vencer 4 sendo 2 contra os argentinos?

Jogador de futebol sendo considerado o melhor do mundo? Só nos tempos do Pelé? Nada disso, agora era época de Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Kaká...


Dunga deu um basta no jejum brasileiro no futebol.

 Cafu e o Pentacampeonato, se na F1 as coisas andam ruins, no futebol estão tranquilas...

 Ganhar 4 Copas Américas tudo bem, mas ganhar 2 da Argentina foram demais...

Enquanto isso na Fórmula 1,
Em 1991, Ayrton Senna conseguia o tricampeonato mundial de F1 no Japão. A partir daí, o Brasil amargou 20 anos sem títulos mundiais. Foram anos de sofrimento, desilusões, pilotos que sucubiam na reta final, Felipe Massa perdendo título na ultima curva, Barrichello desperdiçando chance na Super BrawnGP e outros casos que podemos adicionar para este momento ruim que o automobilismo brasileiro enfrenta no cenário mundial.

 Este homem deu 91 pulinhos como este impedindo o hino brasileiro de tocar...

 Ué? Casillas aqui? Sim, isso é bom sinal... Cadê os títulos do Alonso?

 Será por causa dele que nunca mais a França teve um campeão mundial de F1? 

 Oh! não!!! Mais um alemão??? E nada da Alemanha ganhar Copa do Mundo...

Será ele o homem a quebrar o jejum brasileiro na Fórmula 1? Pelo andar da carruagem, preparem o espumante...

A vida do amante do automobilismo, mais em especial de Fórmula 1 e que seja brasileiro não anda nada fácil. Mídias especializadas e especialistas procuram saber o porquê o Brasil nunca mais ganhou um título mundial de Fórmula 1. É mais do que óbvio que esse texto exemplifica apenas mais uma das coincidências do nosso esporte tupiniquim. Expressando seriamente minha opinião a respeito, o que falta ao Brasil voltar a ter um título na F1 é ter pilotos com coragem, determinação, audácia, impetuosidade, personalidade, arrojo ao pé da letra, política e vontade de vencer acima de tudo. Esses adjetivos foram rico legado deixados pelo "trio-de-ferro" que nunca são lembrados pelos especialistas de plantão. Dizer apenas que a culpa é da CBA, da estrutura, do dinheiro e das empresas nacionais me parece leviano porque nos anos 60, 70 e 80 éramos bem aquém do que somos hoje e produzimos três campeoões mundiais, e que não foram obras do acaso. Os pilotos brasileiros, de verdade, precisam ter foco e personalidade. Saber lutar contra as adversidades e sair um pouco da saia de empresários, nutricionistas, psicológos, etc. Procurar a desculpa nos outros pelo insucesso virou um vírus no automobilismo nacional. Óbvio que se tívessemos uma CBA competente, autódromos impecáveis e dinheiro farto vindo de empresas nossas chances triplicariam, mas temos casos de países desenvolvidos que dispõe dessas atribuições e não formam campeões mundiais há muito tempo, alguém ai falou em Zinedine Zidane?

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Post Elaborado por Cláudio Souza
@claudiosgs

Um comentário:

Anderson Lopes disse...

Mais um ótimo post hermano!

Some ao que você falou, hoje o automobilismo é bem mais caro que antigamente, mas aí vão questionar que o custo de vida naquela época era bem mais barato, concordo, porém, o custo dos carros de competição eram muito mais baratos (leia-se, menos sofisticados).

Na reprise do GP de Cingapura, o Lito Cavalcanti comentou o Ricardo Divila e contou uma passagem dele. Que o FD1 da Copersucar era um carro excelente, mas muito avançado para o seu tempo, por isso não havia como naquela época desenvolver o carro, pois ficaria muito caro, quase impossível.