Sebastian Vettel continua sua saga em busca dos números conquistados por Michael Schumacher
Sebastian Vettel, 25 anos, é o mais jovem tricampeão mundial de Fórmula 1. Ele acabou de entrar no seleto grupo de "gigantes" tendo ao seu lado "mitos" como Ayrton Senna, Nelson Piquet, Jackie Stewart, Jackie Brabham e Niki Lauda.
Na frente do alemão apenas Alain Prost, tetracampeão mundial, Juan Manuel Fangio, pentacampeão mundial e o recém aposentado Michael Schumacher, heptacampeão mundial. A conquista deste ano teve contornos épicos por causa do extremo equilíbrio, talvez o mais equilibrado campeonato mundial já visto na Fórmula 1 entra para a história pelas constantes disputas dentro da pista, pelos constantes toques entre os pilotos, a batalha técnica entre Red Bull, McLaren e a Ferrari e pela confirmação da grande geração de pilotos que temos atualmente.
Sebastian Vettel se sobressai neta nova geração. O garoto prodígio estreou na Fórmula 1 em 2007, isto significa que ele tem "apenas" cinco anos de ativa na categoria, tendo conquistado três títulos mundiais consecutivos, sem contar a grande quantidade de poles e vitórias conquistadas na sua curta carreira na categoria até então.
Indianapolis, 2007 - Interlagos, 2012 - 26 vitórias / 35 poles / 3 títulos mundiais |
Neste ano brotou a tese de que Sebastian Vettel detêm este números impressionantes apenas porque pilota um carro acima da média. Temos que considerar que, de fato, o conjunto RBR-Renault é o melhor e mais regular da atividade, mantendo um nível elevado nos últimos três anos e o projeto assinado pelo "mago" Adrian Newey realmente ajudam o jovem piloto a conquistar seus números porém o equilibrio demonstrado neste ano, as dificuldades enfrentadas pelo alemão em várias circunstâncias e as pressões sofridas até a última volta da temporada comprovam que, Sebastian Vettel possui maturidade e excelência no seu nível técnico como piloto.
Fernando Alonso fez um belíssimo trabalho nesta temporada, fez o que pôde com um equipamento inferior mas a habilidade de Vettel aliada ao conjunto RBR-Renault-Newey foram determinantes para o resultado final desta emocionante temporada.
Fernando Alonso, segundo vice-campeonato na carreira. |
Ficam os destaques também para Kimi Räikkonen que retornou à categoria máxima do automobilismo de forma brilhante, mesmo sem ter um equipamento técnico que lhe permitisse ir além, conseguiu ser constante e conseguiu uma vitória e como consequência foi o merecido 3º colocado no Campeonato Mundial. Lewis Hamilton, que se não tivesse tido tantos problemas de confiabilidade no seu McLaren teria lutado pelo título mundial, obteve ótimos resultados e também foi um dos destaques do ano. Opinião particular, fez uma péssima escolha ao trocar a McLaren pela Mercedes GP. Espero que ele consiga elevar o nível apresentado pela equipe alemã para a temporada 2013.
Raikkonen, 1 vitória - 3º lugar |
Hamilton, 4 vitórias - 4º lugar |
Dos brasileiros podemos destacar a ótima recuperação de desempenho do Felipe Massa na segunda parte da temporada. Após uma péssima primeira parte aonde pouco fez e todos davam como certa sua demissão da equipe italiana, Felipe se recuperou, pontuou regularmente, renasceu para a categoria e teve seu contrato renovado por mais um ano com a Ferrari. O pódio no GP do Brasil foi merecido pela sua recuperação.
Infelizmente Bruno Senna não deixou uma imagem muito positiva. Foi constantemente superado pelo seu companheiro de equipe nos treinos classificatórios e apesar de sua regularidade em corridas, não demonstrou muito arrojo para ir além e foi afobado em muitas ocasiões, e sua afobação quase resultou na definição do campeonato mundial no incidente entre ele e Vettel no GP brasileiro. Sua saída da Williams deve ser oficializada em breve e suas opções para o próximo ano são Force India, Caterham ou Marussia.
Felipe Massa, pódio no GP do Brasil e a recuperação da confiança. |
E o GP do Brasil assistiu pela última vez a apresentação do lendário Michael Schumacher, que aos 43 anos encerra sua brilhante carreira na F1. Seus últimos sofríveis anos na Mercedes GP não apagam sua dourada carreira recheada de títulos, recordes, polêmicas e constatação de que, se Ayrton Senna foi considerado o melhor piloto de todos os tempos pela grande maioria da opinião mundial, Michael Schumacher é o maior piloto de todos os tempos pelos seus números conquistados, pela sua vasta coleção de recordes, pela recondução da famosa equipe Ferrari às vitórias e por sua extrema dedicação e comprometimento demonstrados ao longo dos anos pelo alemão na sua excepcional carreira, Auf Wiedersehen Schumacher!
por Cláudio Souza
@claudiosgs
crédito de imagens: GP Update
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