O Bom desempenho dos carros de F1 está diretamente ligado às eficientes aerodinâmicas.
Veja como ela funciona.
A diferença imperceptivel porem eficaz da aerodinâmica ferrarista.
A Aerodinâmica é responsável pelos principais ganhos de desempenho na mais competitiva categoria do mundo. Por isso, não surpreende o fato de ela ser uma verdadeira obsessão dos maiores projetistas da atualidade.
Na Fórmula 1 moderna, a aerodinâmica é o campo que permite que se faça os maiores progressos em termos de desempenho. Desde a introdução das primeiras asas pela Lotus e Ferrari nos anos 60, o que foi anteriormente uma técnica instintiva tornou-se quase uma ciência exata. Cada centímetro quadrado dos carros de hoje é cuidadosamente lapidado para otimizar o fluxo de ar.
A questão básica que desafia os engenheiros é simples: inverter o principio físico que permite que um avião permaneça no ar. O trabalho dos técnicos em aerodinâmica é aumentar a chamada downforce - termo dado à força vertical que empurra o carro contra o solo, usando a ação do vento e a zona de baixa pressão criada sob as asas. Eles também precisam minimizar o arrasto - força longitudinal associada ao movimento do veículo, que oferece alguma resistência ao seu deslocamento.
Difusor - um dos pontos críticos no downforce de um F1
Aerodinâmica da Ferrari F2008
Eficiência da Aerodinâmica McLaren 2010
Ontem...
Hoje...
O Desempenho de qualquer monoposto resulta do emprego desses princípios. Por isso, os engenheiros tornaram-se obcecados com os menores detalhes da carenagem. Isso não é surpresa. Se levarmos em conta que, caso aquela anteninha que vai no bico do carro tenha um diâmetro um pouco maior do que deveria, já terá custado o equivalente a 10cv de potência do motor.
Mas esse exemplo não significa que os F1 podem ser definidos como se fossem flechas afiadas. Ao contrário, suas rodas grandes e expostas ao vento produzem tanta turbulência que os tornam um tanque de guerra. O coeficiente aerodinâmico - índice que mede a eficiência do veículo quando está em alta velocidade - de um Renault Clio é mais refinado. Mas, em compensação, ele gere bem menos downforce: a 250 km/h, um carro de F1 é capaz de produzir mais de 1 tonelada de carga aerodinâmica.
Aerodinâmica da Red Bull de 2010
Nos ultimos 30 anos, os engenheiros pesquisaram profundamente a aerodinâmica. Invenções sucessivas como os "fan-cars" - carros que tinham ventiladores para sugar o ar sob a carenagem, criando uma zona de baixa pressão - , as saias e asas laterais, as wiglets (asinhas colocadas nas tampas dos motores, proibidas no regulamento da F1 em 2009) e os aerofólios deformáveis pela força do vento geraram enormes ganhos aerodinâmicos até a FIA bani-los.
Hoje, as regras da categoria determinam que os engenheiros devem formatar suas carenagens dentro de determinados espaços pré-delimitados em altura, largura e comprimento em todas as partes do F1.
O Bico da Asa do Tyrrell de 1990 projetado por Postletwayte foi uma revolução.
Posteriormente, adotado e aperfeiçoado por Ross Brawn e Rory Byrne no Benetton.
A Aerodinâmica também é fundamental para os pilotos. Da mesma forma que um avião não é capaz de decolar se estiver atrás de outro, não é possível que um monoposto siga um rival de muito perto em uma curva, devido à turbulência produzida pelo veículo da frente. O risco para o segundo carro é de ficar sem controle. Nas retas, porém, é possível que o monoposto de trás se beneficie do vácuo.
A eficiência de um pacote aerodinâmico só é revelada, em sua plenitude, se o downforce crescer de forma exponencial com a velocidade. Mas, de maneira irônica, uma curva que não seja particularmente dificul a 250 km/h pode tornar-se um problema a 180 km/h, justamente porque, a aerodinâmica é menos eficiente. Assim, a aerodinâmica e a coragem do piloto estão ligadas para resultar em bons desempenhos.
Revista Racing
Ano 8 - nº 128
fotos: www.google.com.br/images
Revista Racing.
Um comentário:
eu, em particular, gosto muito da física.
estes dados envolve N fatores cruciais que, sempre, a todo instante, são visíveis aos engenheiros.
tirando como um ótimo exemplo, o jenson button na última etapa teve seus favorecimentos usando um pacote aerodinâmico maluco em monza, onde ele teria menos velocidade na reta, mas faria todas as curvas com muito mais velocidade.
é um recusrso que, apesar de ser muito estudado, terá muito a evoluir. talvez o regulamento 'limitado' para estas partes não facilite.
aguardemos os anos seguintes..
abrasss
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